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O Estado Social e os Impostos (II)

por Pedro Silva, em 13.02.19

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Explicado que está a razão pelam qual o Estado Social tem de existir, vamos agora entrar na sua principal fonte de financiamento: os impostos/Taxas.

 

Ninguém gosta dos ditos. È natural que assim o seja pois para além da sua natureza de financiamento, estes tem a função reguladora dos hábitos da sociedade em que vigoram. Mas no devia ser assim. Mas este sentimento de que o Estado ”nos está a ir ao bolso” não é transversal a todos os povos.

 

Os países do Norte da Europa, por exemplo, são conhecidos pela sua elevadíssima carga fiscal, Mas também são famosos pelo simples facto de que o Estado Social ser funcional. Dito de outra forma; em países como a Alemanha (por exemplo), os cidadãos são sujeitos a uma elevadíssima carga fiscal, mas em contrapartida estes mesmos cidadãos podem recorrer ao Estado sempre que dele necessitem. E a resposta que este mesmo Estado dá è, por norma, eficaz e tremendamente eficiente.

 

Já em países como Portugal o contribuinte paga muito e recebe pouco da parte de quem lhe cobra impostos, taxas e taxinhas. Muito pouco tendo em consideração o elevado volume da carga fiscal que vigora actualmente…

 

Ou seja; os impostos em Portugal não são o problema. São antes parte de uma mais do que necessária solução. Isto porque, quer se goste ou não, todos, independentemente da nossa condição económico-social, necessitamos do Estado Social para podermos fazer parte de uma Sociedade que se quer justa, pacífica e organizada.

 

Então qual é o problema crasso do nosso Estado Social? O que falha no seu necessário financiamento?

 

A resposta pode até ser complexa para alguns, contudo eu tenho para mim que o maior problema do nosso Estado - Social e não só – reside, essencialmente, em que tem o dever de gerir o erário público. Não querendo, de forma alguma, alimentar estereótipos e algumas ideias – mal – feitas, tenho de ser realista e ressalvar a enorme dificuldade que os nossos governantes (de todas as “cores” políticas) tem de adaptar a sua gestão de algo que é de todos nós à realidade das coisas tal como ela é.

 

Ou seja; sem ainda concluir o meu pensamento critico sobre o Estado Social, chego à conclusão de que o real problema em torno do nosso Estado Social não é o próprio Estado Social. E muito menos o seu financiamento (impostos). O problema é, isto sim, a nossa sociedade que teima em não querer aprender com os erros que cometeu ao longo da sua já muito extensa história.


3 comentários

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De Vorph "ги́ря" Valknut a 13.02.2019 às 11:16

"O problema é, isto sim, A Nossa Sociedade que teima em não querer aprender com os erros que cometeu ao longo da sua já muito extensa história."



Não percebi. O problema da ineficiência do Estado Social somos nós? Pensava que era daqueles que nos têm governado, usando,por exemplo os fundos da segurança social para fins nada sociais (ex:FEFSS), ou adquirindo fundos de pensões de privados (bancários) para colmatarem necessidades urgentes de liquidez, mas criando gravissimos problemas, de tesouraria, a médio prazo.


Se os impostos sobre os rendimentos/património diminuissem seria possivel aos cidadãos procurar soluções fora do Estado Social, como por ex: PPR (100€/mês), Seguro de Saúde (60€/mês)....o problema é que o Estado, como qualquer corporação monopolista (todos somos obrigados a descontar/pagar impostos), descura a boa gestão da coisa pública. Se der prejuizo , em vez de se mudarem as práticas administrativas/de gestão , aumentam-se os impostos....Pedro, o texto está muito gralhado...corrija lá isso
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De O ultimo fecha a porta a 13.02.2019 às 22:01

A questão é mesmo essa: a perceção do serviço público que o Estado nos devolve em função dos impostos que pagamos. 
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De cheia a 13.02.2019 às 22:36

O problema tem sido a má gestão! Deitar a mão a tudo, para tapar buracos que nunca deviam ter existido. 

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