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Estado-Nação

por Eduardo Louro, em 01.02.19

 

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Quando se diz que “o Estado somos nós” não se quer dizer exactamente isso. O Estado é o Estado, e nós somos nós. Nem nós somos o Estado, nem o Estado é nós. Quanto muito será nosso. Não por posse, mas por cabimento… Por circunstância, não por desejo …

Quando dizemos que “o Estado somos nós” estamos apenas a tentar racionalizar um determinado tipo de comportamento cívico – chamemos-lhe assim – na nossa relação de cidadania com o Estado. Não tanto pela elegância do trato, mas sim pelas suas consequências. Não porque achemos que nos devemos portar bem com o Estado, ser aquilo a que se convencionou chamar educado, cumprimentar com deferência ou até ligeiramente curvado. Nada disso, ninguém acha que o Estado lhe merece isso. É, apenas e só, porque sabemos que tudo o que de mal aconteça ao Estado nos vem cair em cima.

Entendamo-nos: “o Estado somos nós” porque, no fim, ninguém tem dúvidas que a conta vem cá parar. Não é por qualquer outra razão!

O Estado não nos diz nada. Não estabelecemos com ele qualquer tipo de afectividade. É, na maior parte da vida de cada um, muito mais vezes inimigo que amigo. E muito menos amigo em quem se possa confiar.

A Nação sim. É a Nação que nos une uns aos outros, que através da etnia, de tradições, de costumes e da língua estabelece entre nós, num determinado território, laços de comunhão capazes de estabelecer “eus” colectivos, com vontades e aspirações próprias. Que fazem a História, que consolida ainda mais a Nação.

É na Nação que os povos se revêm, nunca no Estado!

O Estado-Nação constitui por isso a suprema aspiração de qualquer Estado. É o estado mais sólido da realização do Estado, que todos ambicionam atingir.

Quanto mais perfeita for a sobreposição do mapa do Estado com o da Nação, maior é a legitimidade natural da máquina da administração do poder, e mais fácil é resolver a esmagadora maioria das dificuldades que se podem colocar a um Estado.  E aos povos, como a História tem mostrado...


6 comentários

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De Vorph "ги́ря" Valknut a 01.02.2019 às 15:21

Quando, cada um de nós tomarmos como nossos os problemas do "vizinho", mais reforçada fica a comunidade, e a exigência da Nação para com o Estado e o Governo. Mais fortalecido fica o País.
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De Vorph "ги́ря" Valknut a 01.02.2019 às 16:46

Quando, cada um de nós tomar como seus os problemas do "vizinho", mais reforçada fica a comunidade, e a exigência da Nação para com o Estado e o Governo. Mais fortalecido fica o País.



Desculpe o português....mas vou guiando, falando, errando
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De Anónimo a 01.02.2019 às 21:44

Guiando e falando, está bem. Guiando e escrevendo, isso é que não!
Mas isso sou eu a tomar os problemas do vizinho... 


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De Eduardo Louro a 01.02.2019 às 21:47

Lá fui eu enganado outra vez. Com tanta vontade de agarrar os problemas do vizinho não agarei sequer a minha identidade. Pronto, já estou eu outra vez.
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De Eduardo Louro a 01.02.2019 às 21:49

Não agarrei com suficiente convicão e deixei cair um "r". Apanhe-o por aí.

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